domingo, 22 de janeiro de 2012

Vou deixar o vento entrar

E me perguntei: qual é o limite da vida privada?
Se a casa e a intimidade são invioláveis, por qual motivo pessoas sem qualquer relação com sua vida insistem em se interessar?
Foi nesse momento que pensei sobre o assunto. Será que a proteção da intimidade depende do fim da liberdade? São ideias opostas?
Entendi por muito tempo que liberdade é viver o extremo dentro da imaginação e intimidade seria fechar a minha casa pra quem quer que fosse.
Mas hoje entendo diferente.
Vou abrir minha casa, porque viver plenamente no mundo das ideias não é viver plenamente.
Vou abrir minha casa, pode entrar. Veja a varanda, a entrada. Te convido pra sala-de-estar e se quiser terá acesso até o meu quarto.
Afogue sua sanha de me conhecer sem que isso, no fim das contas, mude sua vida. Só não cometa o erro de me julgar, porque você pode até ver todas as goteiras e rachaduras, toda a poeira debaixo do tapete, mas quanto eu estiver pensando, quando eu estiver sonhando...
Aaaah, esse mundo é só meu! (e de quem eu entender por bem)
Eu vou sorrir, e você vai duvidar se é alegria.

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