quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aguagridoce

É água

Água que está aqui

Todo um universo sustentado por uma cabeça

Pela alma

A razão seja o dique dessa imensidão

E a cada vez que encher demais

Sustente com todos os seus nervos

Toda sua força

Mas chore

Desabafe

O dique não aguenta

O escape é necessário

Não é preciso

Virada

Alguma

Sofrer é preciso

Viver, não

Sim?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sobre como amar aos outros como a ti mesmo. Parte II.

Continuo filosofando sobre isso. A seguir um trecho de um dos meus textos no qual explico porque os outros são um problema pra mim. Esse texto tinha a finalidade de esclarecer os meus problemas, quais sejam, eu, Deus e os outros. Pertinente aqui a parte que fala dos outros.

"E quem poderia entender este coração jovem? Um coração marcado por dúvidas e incertezas, por idas e vindas teóricas.
Passado e futuro? Prefiro chamar de história e projeto.

[...]

O cansaço talvez não me deixe prestar um depoimento mais completo sobre os outros. Por que os outros são um problema pra mim? Por que são eu mesmo. São meu espelho antagônico. Eu sou o que não sou. Eu só sou eu porque não sou nem os outros nem as coisas. Negação. Julgamento. O olhar alheio condena porque é sincero. Ponto do observador. Física. O ponto do observador não observa a si mesmo. Para ter uma visão clara e não tendenciosa de si é necessário olhar na pupila do outro. Os outros são um problema porque não sabem dialogar, não sabem ouvir. Talvez a solução esteja em compreender a si mesmo. Mas se isso só é possível através da pupila do outro, necessário se faz trabalhar e nunca desistir das pessoas ao nosso redor. É uma questão de se desenvolver aceitando as críticas alheias, ou de não se desenvolver, racionalizando tudo que você no espelho."

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre como amar aos outros como a ti mesmo.

Utópica. Sonhada. Idealizada. Nunca realizada. Parece mesmo uma frase que só cabe na voz de alguém muito superior, Jesus Cristo (se existiu). Não se assustem com isso. Minha mente é científica demais, crítica demais. Até hoje a única coisa que sei sobre Jesus são histórias. Assim como dos meus bisavós. Nunca me penitenciei por não lembrar de um conselho sequer que meus bisavós deram aos meus pais. E olha que são sangue do meu sangue.
Voltemos ao principal.
Nosso problema parece mais simples de resolver do que se pensa. Basta olharmos por um prisma diferente do comum. Amar aos outros como a nós mesmos não é querer o bem, poupar, cuidar, dar sustento e carinho a estranhos. Isso seria estranho. Claro que cabe a nós respeitar a todos bem como construir uma sociedade solidária. Mas entendo que o verdadeiro sentido de amar aos outros como a ti mesmo é entender que, se todos os seus erros são racionalizados, se você se perdoa e sobrevive com todas as suas humanidades, no que exatamente você seria melhor que os demais para não conceder essa mesma compreensão a eles?
Talvez seja o momento ideal pra entendermos que todos somos sujeitos de respeito, cuja humanidade (interpretada como imperfeição) deve ser aceita em todos e não apenas em nós mesmos. Não julgueis, assim como gostaria de ser compreendido, por mais errados que fossem os seus atos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Nada.

Vamos falar sobre o nada. Bom! Essa frase já afastou centenas de leitores em potencial. Mas prossigamos. O nada é uma palavra tão corriqueira, tão comum em nosso dia-a-dia que nem percebemos o seu real valor. O que você está fazendo? Nada. Obrigado! Por Nada! É isso? Ah, que n... Perceberam? Provavelmente não. Mas pra mim, que gosto de analisar não somente o sentido que as palavras trazem, mas a verdadeira fonte inspiradora da palavra, ou seja, o elemento do mundo dos fatos que a palavra quer representar, ou melhor, que as convenções humanas resolveram chamar. O nada pra mim é muito maior que algo inútil, do que comportamento de pessoas sem o que fazer. O nada pra mim é a sensação de não estar preso a ideia alguma. Se filiar a uma ideia é estar cheio de dúvidas e terminar por não ir a lado nenhum. O nada é a liberdade. A liberdade interpretativa, é quando você está conectado com o seu eu. Já associaram o nada à uma estranha (e inquieta) calma do mundo exterior? Pois é, faz sentido... Aproveite seus momentos de nada e converse com seu eu interior. A aversão pelo nada pode ser uma aversão a seu conteúdo, ou a ausência dele. E se não enxergar nada, é um  ótimo momento pra começar seus empreendimentos, e você ainda poderá começar por um bom alicerce.