domingo, 6 de março de 2011

É.

Às vezes nos perguntamos: quem somos? É uma pergunta que, salvo engano, ataca todas as pessoas, em dado momento de suas vidas. Perfeitamente normal, penso eu. Somos produtos de toda a informação que recebemos, da carga de criação de quem nos cria, das tendências dos amigos, das negações dos inimigos. É realmente complicado se definir. Fixar um ser humano é impossível, por mais estagnado que ele seja. Cada pessoa é parte do todo, integramos e integramos a massa. O primeiro porque somos únicos. O segundo porque somos tudo. Em toda essa explosão de culturas, línguas, etnias, ideologias, complicado não se identificar com algo novo ao se deparar com tal. Aí vem a crise, os conflitos éticos, as tristezas... Geralmente as últimas surgem quando ferimos alguém, machucamos mesmo. Ou quando perdemos algo valioso, em razão do nosso agir. A crise do "como ser" não é algo que possa ser desenvolvido em laboratórios, ou por especialistas psi. Depende sobretudo da prática da boa vontade. Depende ainda de uma expansão da alma a um nível incalculável. Adiante e para além de todas as nossas futilidades. Não é questão de largá-las. É questão de não fazer do que passa uma confusão com o que fica, e é.