sábado, 18 de fevereiro de 2012

Solilóquio II

Atravessando o vazio

Esse som habitual dos grilos cantando...
É incrível como percebê-los parte de uma ideia tão complexa.
Na verdade eu precisei atravessar o vazio que se colocou entre o mundo das palavras aplicáveis e o papel,
olhar por entre aquele vidro quebrado,
e identificar qual objeto realizaria tal conexão.
Em se tratando de vidro quebrado, é bom lembrar que a estação, de nova, traz mudanças,
conceitos se quebram,
linhas de raciocínio se perdem...
Eu pude ver...
Olhar pra frente não me fez temer
Mirar atrás não me envergonhou

E logo hoje que havia uma película de felicidade e confiança antes das estrelas,
foi como enxergá-las com mais luz, em maior quantidade

Apenas digo que não encontrei o objeto
E disso não depende minha felicidade
Além do fato de sorrir ao descer (eu prefiro me familiarizar um pouco)

*** *** ***
Voando de asas cortadas

Ora, como realizarei esse sonho se viver ao teu lado implica arriscar toda uma base sólida por uma coisa cheia de inconveniências?
Querer abraçar não é abraçar apenas as ideias.
E o grande problema é que ninguém se apaixona por ideias, mas faz ideia de como seria se apaixonar por uma.
É como saber voar de asas cortadas, nada mais.

*** *** ***
Se hoje fosse o último dia do mundo

Não vírgula, nem ponto final
Talvez vocativo e oração, só pra dizer o que pode desmoronar nosso mundo / construir um castelo

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